quarta-feira, 27 de abril de 2011

Diário de Rorschach

1 de novembro de 1985.
Último registro? Saímos do escritório de Veidt quase meia-noite. Dreiberg, convencido de que Veidt está por trás de tudo, fala sério em visitar a Antártica. A nave dele aparentemente tem condições, mas e nós? Veidt. Não imagino oponente mais perigoso. Se a jornada for possível, rastreá-lo ao seu covil é a única opção. Mas me sinto intranqüilo. Território desconhecido... Ele poderia nos matar na neve. Ninguém jamais saberia... Primeira noite de novembro. Estou com frio. Escritórios abaixo, lajes marcando diariamente milhares de túmulos. Dentro, nos mostradores dos relógios, tão visados quanto celebridades, os ponteiros iniciam as voltas finais. O fim vem a galope, favorecendo a espora, poupando as rédeas. Acho que vamos tombar logo. Veidt é mais rápido do que Dreiberg. Talvez mais do que eu. Voltar da missão parece improvável. Última anotação. Vou mandar o diário aos únicos em quem confio. Digo a Dreiberg que preciso checar minha caixa postal. Ele acredita. Quer eu esteja vivo ou morto, se você estiver lendo isso agora vai saber da verdade: seja qual for a natureza desta conspiração, Adrian Veidt é o responsável. Esforcei-me para ser compreensível. Acredito que tracei um quadro aterrador. Apreciso seu apoio recente e espero que o mundo sobreviva até isto chegar às suas mãos, mas tanques estão em Berlim oriental e o fim está próximo. Quanto a mim, de nada me arrependo. Vivi a vida sem concessões... e agora avanço rumo às sombras sem me queixar. RORSCHACH, 1 de novembro de 1985.

Se você está feliz na merda bico fechado.

Era uma vez um pássaro que não gostava de migrar para o sul no inverno. Então, num certo ano, resolveu que não viajaria. Contou a seus companheiros que, em vão, tentaram demovê-lo da idéia. Chegado o tempo de partir, todos os demais se despediram, ficando ele sozinho.Com o passar dos dias, a temperatura caindo, percebeu que realmente seria impossível ficar e se preparou para viajar. Entretanto, sua decisão fora tardia: começou a voar e, após algum tempo, viu que suas asas congelavam e seu esforço não seria o bastante para continuar. Foi perdendo altura, perdendo altura... até cair num pátio de estrebaria. Quando lançava o que pensava ser seu último suspiro, um cavalo sai da baia e...enche o pássaro de bosta. Indignado, pensou: vou morrer e, ainda por cima, cheio de cocô de cavalo. Notou, porém, que a cagada quentinha lhe aquecia, o que foi lhe devolvendo à vida.
Cantou de felicidade, cada vez mais alto. Um grande e gordo gato que passava por perto ouviu o seu cantar, pulou o muro, futucou o monte de bosta e... comeu o pássaro.
Moral da história:

1.nem sempre quem te põe na merda é seu inimigo;
2.nem sempre quem te tira da merda é seu amigo;
3.se você está quente e confortável, mesmo que seja na merda, mantenha o bico fechado

Clube dos Cinco

''Caro Sr. Vernon, aceitamos o fato de que nós tivemos que sacrificar um sábado inteiro na detenção, o que foi que fizemos de errado ... mas acho que você está louco para nos fazer escrever um texto dizendo o que nós pensamos de nós mesmos. Você nos enxerga como você deseja nos enxergar ... Em termos mais simples e com as definições mais convenientes. Mas o que descobrimos é que cada um de nós é um cérebro ...
Andrew Clark: ... e um atleta ...
Allison Reynolds: ... e um caso perdido ...
Claire Standish: ... uma princesa ...
John Bender: ... e um criminoso ...
Brian Johnson: Isso responde a sua pergunta? Sinceramente, o clube dos cinco.''

domingo, 10 de abril de 2011

Tive vontade de destruir algo bonito

Tive vontade de atirar em todo panda que não transasse para salvar a própria espécie;
Queria abrir as válvulas dos petroleiros e destruir aquelas praias francesas que jamais conheceria;
Queria respirar fumaça;
Tive vontade de destruir algo bonito!!!!!

Clube da Luta